Atividade Cicatrizante e Gastroprotetora de Caryocar coriaceum Wittm.
File Name: | 2009-n3-glauberto-da-silva-quirino.pdf |
File Size: | 1.75 MB |
Date: | 30. Janeiro 2018 |
Ano: 2009 Orientando(a): Glauberto da Silva Quirino Orientador(a): Profa. Dra. Adriana Rolim Campos Barros Resumo: Caryocar coriaceum Wittm. (Caryocaraceae), popularmente conhecido como pequi, é uma árvore comum da Chapada do Araripe, cujo óleo, da polpa do seu fruto, frequentemente, é usado na medicina tradicional para o tratamento do muitos tipos de afecções, entre elas, feridas e doenças gástricas e inflamatórias. O presente estudo objetivou avaliar a toxicidade oral aguda, e a atividade cicatrizante e gastroprotetora do óleo da polpa do Caryocar coriaceum (OCC) em ratos e camundongos. Para isso, avaliou-se a toxicidade oral aguda em dose fixa com a dose de 2000 mg/Kg por 14 dias. Já a atividade cicatrizante, foi verificada pelo modelo de ferida aberta por incisão e as feridas avaliadas do ponto de vista morfométrico e histopatológico pela microscopia ótica e de força atômica. Testou-se a atividade gastropotetora pelo modelo de úlcera gástrica aguda induzida por etanol e AAS, e os mecanismos de ação testados foram: inibição do óxido nítrico, prostaglandinas, canais KATP e receptores noradrérgicos α2. A administração oral na dose de 2000 mg/Kg não produziu sinais de toxicidade nem induziu a mortalidade em camundongos. OCC, por via tópica, apresentou atividade cicatrizante em modelo de ferida aberta e a histopatologia revelou a presença abundante de fibroblastos, colágeno e neovasos no grupo OCC, não ocorrendo o mesmo no grupo Controle. OCC (200 e 400 mg/Kg, v.o) reduziu, significativamente, as lesões gástricas induzidas por etanol (60,55% e 56,99%) e por AAS (69,27% e 50,48%), porém, sem efeito dose-dependente. O pré-tratamento dos camundongos com L-NAME (inibidor do óxido nítrico sintetase), indometacina (inibidor da ciclooxigenase), glibenclamida (bloqueador dos canais KATP) e ioimbina (antagonista dos receptores noradrenérgicos α2) suprimiu, de forma significativa, o efeito gastroprotetor do OCC. A ação gastroprotetora do OCC, administrado oralmente na dose de 200 mg/Kg, possivelmente, envolve a participação das prostaglandinas e óxido nítrico, onde poderia estar associada à abertura dos canais KATP e à ativação dos receptores noradrenérgicos α2 periféricos. Os resultados indicam o efeito cicatrizante e gastroprotetor do OCC e justificam seu uso tradicional para o tratamento de feridas e úlceras gástricas. Palavras-chave: Caryocar coriaceum, Cicatrização e Úlcera Gástrica |